Cada bebê se desenvolve em seu ritmo? Existe uma idade certa para meu filho andar?
Quando minha criança vai falar uma frase completa? Por que minha criança não brinca com os amiguinhos? Será que minha filha vai aprender a ler?
São muitas as dúvidas que corriqueiramente assombram as expectativas de diversos pais.
Apesar de nós pediatras respeitarmos o tempo de cada criança, não podemos deixar de identificar situações em que o desenvolvimento da mesma se afasta de um padrão de normalidade.
O perfeito desenvolvimento do cérebro das crianças inicia-se já no período pré-natal e continua após o nascimento.
E, assustadoramente, menos do que 30% das crianças com problemas de comportamento e desenvolvimento são identificadas antes de entrar na pré-escola, apesar de frequentar profissionais da área de saúde rotineiramente ou instituições que cuidam de crianças (creches, berçários, por exemplo).
Perde-se, então, uma oportunidade enorme para que se promova uma intervenção precoce frente à limitação apresentada pelo pequeno paciente.
Assim, o pediatra que lida com o desenvolvimento deve gastar em média entre uma e duas horas com uma criança para realizar uma avaliação inicial.
Ele ou ela deve entrevistar os pais sobre a história do desenvolvimento da criança, hábitos, habilidades e desafios.
Fora as informações dos professores, terapeutas e outros cuidadores que também são de suma importância.
As famílias podem receber recomendações para tratamento ou encaminhamento para outros profissionais, além de planejamento educacional.
Fica muito claro que o desenvolvimento e comportamento infantil acontecem, sobretudo no contexto da família.
Assim, durante uma avaliação detalhada, busca-se compreender a visão da família em relação ao problema e o prejuízo ocasionado pelo problema da criança na família. Além da disfunção no ambiente doméstico, avalia-se ainda a ocorrência de mau funcionamento na escola e na convivência social.
Uma ampla gama de dificuldades comportamentais e de desenvolvimento pode ser diagnosticada pelo profissional, incluindo, por exemplo:
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
- Transtorno do Espectro do Autismo
- Transtornos de Linguagem
- Transtornos de Aprendizagem/Dificuldade Escolar
- Déficit Intelectual
Enfim, esperar e torcer nem sempre são a melhor escolha! Pense nisso...